Nos dias de hoje com a crescente correria, as demandas de
todo lado, a busca de acumular e consumir coisas cada vez mais, não sobra tempo
para as pessoas olharem para dentro de si mesmas.
Existe grande valorização do trabalho e de tudo que pareça
produtivo, bem como de outras atividades que preencham os intervalos com movimento,
ruído e esforço visível. Assim, desvaloriza-se a pausa, ou até mesmo o descanso,
como sendo “perda de tempo”. A expressão muito falada de que “tempo é dinheiro”
acaba reduzindo o tempo – que representa uma correlação da pessoa com sua vida,
com os outros e com o mundo –, a apenas o aspecto financeiro do cotidiano.
Nesse sentido, a Meditação Caminhando no Labirinto implica em
uma recuperação do valor da pausa na rotina da vida, pausa essa que recupera o
próprio valor do tempo, e até mesmo recupera o tempo, na medida em que permite
ao caminhante redimensionar sua própria situação em relação ao tempo e ao
espaço; seja seu tempo-espaço pessoal, como também o tempo-espaço em relação
aos outros e ao mundo.
No final das contas tem-se a impressão de ganhar tempo, ou
até mesmo de recuperar algum tempo passado perdido reorganizado em outra
configuração que lhe restitua sentido.