quarta-feira, 27 de março de 2024

Caminhar no Labirinto: uma prática ou uma disciplina

 

Caminhar no Labirinto é uma prática, mas não necessariamente segue uma rígida disciplina. Nesse sentido, essa prática é mais flexível do que uma disciplina cheia de regras. Uma das condicionantes de uma atividade disciplinada pode dizer respeito a horários específicos nos dias sucessivos, bem como o uso de métodos e técnicas relativos a essa atividade.

Já a prática do Labirinto relaciona-se com o que cada pessoa pode usufruir dessa caminhada. Para alguém pode alguma pergunta sobre a vida, para outra pessoa pode ser relativo a um momento pelo qual esteja passando ou refletir a respeito de uma doença, entre outras possibilidades.

Desse modo, cada um deve-se deixar levar pelo labirinto conforme seu próprio ritmo, sua condição momentânea. A transformação interior decorrente dessa atividade é muito própria de quem a pratica.

Na verdade, uma prática livre ou uma atividade disciplinada não necessariamente se opõem, mas podem se harmonizar dependendo de tempo, lugar e circunstância.

A Meditação Caminhando no Labirinto tem a particularidade de ser uma forma de meditar com o movimento, de perceber o movimento e o espaço. Nesse sentido, é uma forma “plástica” de meditação, ou seja, adapta-se a quem a esteja fazendo. Assim, que, como diz a Dra. Lauren Artress, não há uma forma correta ou uma forma errada de andar no Labirinto. Procuramos fazer certas sugestões e orientações para tal atividade, mas dentro dessa elasticidade que constitui uma das características da caminhada no Labirinto.  

segunda-feira, 11 de março de 2024

Aquietar a Mente no Labirinto

 

          Na cultura moderna, nós precisamos aquietar a nossa mente. Vivemos sobre enorme pressão de todos os lados. Existe excesso de informações pela mídia convencional, pela internet, pelas redes sociais. Somos vulneráveis a manipulações tanto pelo lado racional como pelo emocional.

          Como diz a Dra. Lauren Artress, cada pessoa pode criar seu “santuário interno”, um local interior onde cada um possa estar consigo mesmo e tranquilizar sua própria velocidade interna. Desse modo, pode descobrir o que pode “nutrir” seu corpo, mente e espírito de sentido, de propósito na vida.

          O exercício com o labirinto pode ajudar a criar esse espaço interior. Pode ser um espaço para recordar-se de si mesmo.  Desacelerar e acalmar a mente é um desafio. A caminhada no labirinto pode ajudar nesse processo, na medida em que é uma meditação com o movimento do corpo através do caminho com o traçado entre curvas e retas. Assim, o método da meditação caminhando no labirinto se adapta ao ritmo e ao momento de cada um.  

Fonte bibliográfica:

Artress, L. The Sacred Path Companion - A Guide to Walking the Labyrinth to Heal and Transform. Riverhead Books, NY, 2006. 

terça-feira, 13 de julho de 2021

"Antes de entrar no Labirinto..."

 

Em 14 de junho de 2021, das 19:30 às 20:25 horas faremos o encontro sobre "Antes de entrar no Labirinto..."

Vamos continuar as conversas sobre o exercício de Pausa no cotidiano, 

fazendo uso de reflexões sobre o Labirinto. 

Imagens de Labirinto são utilizadas pela humanidade desde seus primórdios com diversas correlações culturais. Algumas dessas correlações lançam mão de arquétipos referentes a antigos símbolos ligados a mitologias e outras formas de aprofundamento antropológico e psicológico. Pessoas com doenças ou sem doenças podem referir melhora de sua disposição com a Meditação Caminhando no Labirinto. Por ora, essa atividade está em suspenso, mas mantemos esse momento de Pausa em companhia do Labirinto. 

A atividade pode ser acessada pelo link

https://us02web.zoom.us/j/9721023120

terça-feira, 29 de junho de 2021

Pausa com o Labirinto em 30 de junho de 2021

 

Em 30 de junho de 2021, das 19:30 às 20:25 horas faremos o encontro da Pausa com o Labirinto.

Vamos revisitar o cenário da Meditação Caminhando no Labirinto e seus simbolismos.

O encontro será virtual pelo seguinte link

https://us02web.zoom.us/j/9721023120 

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Como fazer a Jornada no Labirinto

 

     Conforme Lauren Artress, não há um jeito certo ou um jeito errado de fazer a meditação caminhando no Labirinto. Esta é uma meditação diferente, onde cada pessoa deve achar seu próprio caminho, sua maneira de conduzir essa jornada. Mas, existem algumas orientações para quem inicia, ou quer seguir algum roteiro.

     A primeira forma de seguir por etapas é aquela que divide a trajetória em três etapas: preparação, iluminação e restauração. Essas três etapas teriam sido derivadas de três etapas referidas por Santa Teresa D’Ávila como purgação (ou penitência), iluminação e união. Por sua vez, isso teria provindo dos filósofos Plotino e Proclo.

     Mas, além desse modelo, Artress também refere uma forma de quatro etapas, onde ela reforça mais a graça do que a penitência. A primeira dessas partes ela chama de Via Positiva, onde a pessoa deve lembrar de suas bençãos, de coisas boas que tenham acontecido; essa etapa pode vir antes de entrar no Labirinto. A segunda etapa ela chama de Via Negativa, no sentido de “esvaziamento”, onde a pessoa deve procurar esvaziar-se dos “pesos interiores”. A terceira etapa corresponde à Via Criativa, que é equivalente à Iluminação, onde deve receber o que o Labirinto lhe propicia, no sentido amplo do termo. A quarta via é a Via Transformativa, quando, ao deixar o centro, a pessoa começa a pensar em suas próximas decisões, próximos passos na vida.

     Na verdade, a Meditação Caminhando no Labirinto tem o caráter plástico de se adaptar às circunstâncias em que cada pessoa está no momento de fazer essa atividade. Portanto, pode haver grande variação na maneira de cada um vivenciar sua própria caminhada.

  

quarta-feira, 2 de junho de 2021

O Labirinto do Cotidiano

(republicação de 2011) 

O labirinto também é um símbolo do caminho da vida.

No dia a dia as pessoas frequentemente sentem necessidade de andar um pouco, aleatoriamente, distraidamente, para espairecer, desligar dos problemas, ou para refletir sobre algum problema de modo diferente, para tentar encontrar a solução.
Ao se fazer isso, acaba acontecendo um tipo de "meditação caminhando".
Pode até haver um "labirinto invisível", embora quem esteja caminhando nem se dê conta disso.
Essa é uma das maneiras de entender o labirinto como uma atividade anti-estresse.
Na vida também há momentos que parecem tortuosos, deixando dúvidas sobre a possibilidade de chegar-se a algum lugar. A prática da meditação caminhando no labirinto pode ajudar nesse sentido, na medida em que simula uma situação semelhante, mas chegando a algum lugar, indo e voltando a um ponto de partida.

terça-feira, 25 de maio de 2021

Labirinto - mandala ocidental

(Republicação de 2011)

 Mandalas são figuras utilizadas mais frequentemente no oriente, principalmente em certas tradições budistas, como uma espécie de ferramenta para a meditação. De modo geral são figuras circulares, com desenhos, por vezes complexos, que costumam se dispor em torno do centro do círculo.

O desenho do labirinto, mais especificamente do labirinto de Chartres e dos que procuram ter uma similaridade com o mesmo, pode ser considerado também um tipo de mandala.
No entanto, sua utilização para a meditação tem características próprias da cultura ocidental.
Enquanto a mandala oriental é usada para "ser olhada", ou mesmo para ser construída com areia colorida e depois destruída, o labirinto é uma mandala, sobre a qual nós caminhamos. De certa forma, podemos dizer que "entramos dentro do labirinto" ao caminharmos sobre ele.
As pessoas do ocidente têm certa dificuldade para ficarem imóveis para meditar. Para os ocidentais, poder caminhar e meditar é mais fácil, já que são mais habituadas ao movimento do que à postura oriental para meditar (não devemos confundir isto com o sedentarismo ocidental).
A "meditação caminhando" no labirinto pode ser considerada uma forma ocidental de meditar, sem necessariamente querer dizer que seja a única forma de meditar caminhando (há formas orientais de meditação caminhando que não vêm ao caso aqui neste momento).
A atividade do labirinto tem a peculiaridade de utilizar o corpo em uma determinada situação ao dispô-lo em relação à geometria do desenho labiríntico. Isso permite que o corpo "se sinta dentro" de um espaço diferente do espaço habitual, e, assim, permite nova percepção sobre si mesmo.
Evidentemente que, eventualmente, uma postura por demais crítica ou racional (ou seja, algo também "muito ocidental") impede de usufruir-se dessa ou de qualquer outra forma de meditação.