segunda-feira, 25 de abril de 2011

Auge da Arte Gótica

Conforme Gimpel (e outros estudiosos) o período de auge da Arte Gótica teria sido entre a década de 1140 e a transição entre os séculos XIII e XIV (Há que se frisar que Gimpel prefere considerar o período cheio de 250 anos a partir de 1050, sem querer acentuar muito a diferença entre estilos românico e gótico).  No início desse período, ou seja a partir de 1140, as construções góticas teriam se iniciado principalmente a partir do Abade Suger de Saint Denis na França. O Abade Suger é uma personagem interessante para entender-se a complexidade desse momento histórico e mudar-se a noção simplista de que a Idade Média era um período apenas de ignorância e domínio de poderosos sobre comandados e imobilidade social. Suger foi um indivíduo filho de servos, que foi acolhido na escola monástica e posteriormente adquiriu lugar de destaque na sociedade, ao lado da realeza. Sempre foi grato a essa oportunidade que a ele foi oferecida. Essa pode ser uma das explicações para ele ter uma postura mais do tipo festiva, exuberante, celebrante, na maneira de entender os rituais, diferentemente de São Bernardo, que tinha atitude mais austera no que diz respeito a esses quesitos. No entanto, ao mesmo tempo em que ambos discordavam, de certa forma, também se entendiam e se toleravam. 
Com o apoio do Abade Suger refina-se a arquitetura que vai lançar uma nova luz - no sentido literal e simbólico - para o interior das igrejas.
O final do "melhor tempo do gótico" é situado então a partir de 1277, com as condenações doutrinais do bispo de Paris lançadas ao Tomismo e ao Averroismo (o estudioso Pierre Duhem acha que essas condenações teriam estimulado o avanço científico por proibir essas formas de Aristotelismo).  Posteriormente essas condenações seriam anuladas, mas já teriam deixado suas marcas negativas. No início do século seguinte ocorreu a perseguição aos Cavaleiros Templários, que nos anos 1310 foram oficialmente suprimidos (mas não totalmente desaparecidos), em virtude da ambição de Felipe, o Belo, pelos bens templários. Há que se notar que em anos recentes foi descoberto o assim chamado "Pergaminho de Chinon", que tem sido considerado como documento que demonstra que os Templários não foram oficialmente condenados pela Igreja.
A Ordem dos Templários tinha grande importância econômica, política e social nesse momento e sua derrocada fechou essas décadas de transição para o declínio do Gótico.
Nesse período de aproximadamente 150 anos, os labirintos foram instalados no chão das grandes catedrais como um elo comum de ligação entre as mesmas.

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