Ainda conforme Lauren
Artress, o labirinto que ela considera como sua “canção do coração”, ou seja, que
mais lhe toca profundamente, é o Labirinto Medieval de Onze Circuitos, ou Onze
Círculos, presente na Grace Cathedral, ou Catedral da Graça, de San Francisco,
onde ela desenvolveu suas atividades, ou qual é uma replicação do Labirinto
presente no chão da Catedral de Chartres na França. Ao se referir ao labirinto
ela já desenha esse padrão na mente; esse é o labirinto que abre a porta do
nosso mundo simbólico interior. Quando tocamos essa fonte de imagens com uma
mente quieta e receptiva, isso nos restaura e nos energiza. Como somos
bombardeados com barulhos e imagens do lado exterior, podemos perder nossa
capacidade de reflexão interior. Podemos nos sentir esvaziados por dentro e
nossa imaginação para de funcionar. Somos direcionados ao labirinto porque ele
preenche nossa capacidade de imaginar e restaura nosso ritmo natural. O caminho
concreto se torna caminho simbólico conduzindo-nos pela vida. As voltas e
contornos falam a nós também na medida em que acontecem voltas e contornos
através de nossas vidas. Podemos chegar no labirinto sentindo-nos completamente
vazios e confusos e depois saímos calmos, com renovado sentido da vida. Nossa
dor pessoal pode se tornar a dor que compartilhamos com todos os seres humanos.
Passamos a sentir conexão a um Mistério mais profundo que se desdobra ao nosso
redor.
A Dra. Artress teve uma
compreensão intuitiva, sem palavras, quando colocou pela primeira vez o labirinto
na Grace Cathedral em Dezembro de 1991. Quando o público começou a caminhar
regularmente, em Março de 1992, essa mesma intuição fez com que ela se
dedicasse a “ouvir” as experiências das pessoas. Algumas compartilharam
fragmentos de insights, outras relataram histórias completas.