terça-feira, 7 de junho de 2011

Símbolos no Labirinto de Chartres - Parte 1

Símbolos em diversas tradições foram estudados por pesquisadores como Carl Gustav Jung, Mircea Eliade, Karl Kereny, Joseph Campbell e outros. Esses estudos indicaram o valor de símbolos nos contextos psicológico, antropológico, cultural, social. Assim, ao nos referirmos a símbolos presentes no Labirinto da Catedral de Chartres, devemos considerar esses diversos aspectos em relação àqueles que produziram essa obra. Portanto, tais sinais compõem uma expressão da cultura do período histórico entre os séculos XII e XIII na parte da Europa em que o estilo gótico floresceu. Além disso, tal simbologia também expressa parte da Cultura Ocidental e se remete a conotações universais inerentes ao ser humano. 
Aqui nos atemos ao Labirinto, mas devemos frisar que outros tantos produtos da criatividade humana também têm essas propriedades.
Parte da simbologia do Labirinto já está presente no mistério de sua criação. Ele é de uma época em que grande parte de obras artísticas não tinha uma assinatura, um autor personalizado; eram produções anônimas. Esse era um período em que o Canto Gregoriano, em uníssono, monotônico, também anônimo, expressava um coletivo, um corpo de fé, uma única voz múltipla que subia entre as colunas das catedrais. Assim, desconhecemos a autoria da construção do Labirinto de Chartres. 
Outro traço misterioso em relação à elaboração desse Labirinto diz respeito à suposição de ter sido feito pelos Cavaleiros Templários. Essa ordem de cavalaria acabou assumindo um espaço mítico na Cultura Ocidental, além de ter seu nome emprestado a toda e qualquer obra de ficção. Usamos aqui o termo "mítico" no sentido em que os referidos estudiosos de símbolos o usavam como relativo a uma série de fatores com densidade antropológica componentes de mitos próprios dos mais diversos povos. Os Templários correspondiam a uma ordem criada para proteger os peregrinos que se dirigiam a Jerusalém. Sua permanência no Oriente Médio e suas andanças fizeram com que tivessem contato com outras culturas e tradições e, desse modo, adquirissem mais conhecimentos e até mesmo adotassem outros costumes.
Diversos feitos medievais no Ocidente com características misteriosas, ou de difícil explicação, ou ainda cheios de simbologia, têm sido atribuídos aos Templários. Assim também o Labirinto de Chartres também tem sido chamado de Labirinto dos Templários.   

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