segunda-feira, 13 de junho de 2011

Símbolos no Labirinto de Chartres - Parte 3

O estudioso Rudiger Dahlke faz especial referência ao Labirinto de Chartres e às Rosáceas das catedrais góticas em seu livro sobre Mandalas, comentando sobre a importância simbólica dessas imagens "mandálicas" para a cultura ocidental. O Labirinto tem especial correlação com as Rosáceas, principalmente a assim chamada Rosácea Oeste.
Antes devemos atentar para a grandiosidade e os significados das Rosáseas. Ao chegar-se ao lado do Labirinto de Chartres, algo que chama a atenção é o seu tamanho de quase treze metros de diâmetro. Sua disposição em equilíbrio com a catedral, sua força no desenho do mármore inserido no chão de pedra. Ao se saber que as Rosáceas têm o mesmo tamanho do Labirinto e estão dispostas no alto, têm-se grande espanto ao imaginar o minucioso e, ao mesmo tempo, grandioso trabalho de execução dessas estruturas circulares dispostas nas paredes.
A Rosácea Oeste tem uma disposição simétrica em relação ao Labirinto, ou seja, a distância do chão à Rosácea é a mesma (desse mesmo chão) até o Labirinto. Assim, ambas as imagens formam como que parte dos dois lados iguais do ângulo reto de um triângulo isósceles. Tal figura faz lembrar do Teorema de Pitágoras, personagem que sempre reaparece nos estudos sobre essa catedral.
Pode-se pensar se é a Rosácea que se projeta no Labirinto ou este que se projeta naquela. No primeiro caso, pode-se pensar na luz do sol "transfigurada" pelos vitrais da Rosácea como que trazendo do céu à terra sua energia. No sentido inverso, tem-se a elevação da imagem terrena, horizontal, do labirinto à posição verticalizada de busca do alto.
Ambas as situações podem servir a reflexões sobre essas diversas simbologias e a sabedoria dos que foram capazes de elaborar tão singular construção.

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