terça-feira, 28 de junho de 2011

Geometria Sagrada da Catedral de Chartres - Parte 3

Quando citamos diversos números presentes na Catedral de Chartres não estamos apenas falando aleatoriamente. Os construtores da catedral eram bastante influenciados pela ciência de Pitágoras. Este filósofo fazia uma leitura do Universo através dos números. Podemos dizer que esta ferramenta continua sendo fundamental para a Ciência, evidentemente que aplicada com toda a metodologia atual. Sabemos o quanto a Matemática é importante em todos os campos. 
No conhecimento pitagórico legado aos estudiosos do Quadrivium, os números e suas relações são símbolos dos mais variados aspectos concretos e abstratos.
Continuando a reflexão sobre a "Rosácea-Labirinto", ou seja,  a Rosácea-Oeste de Chartres, observamos que em sua figura central há a imagem de Cristo dentro de um contorno de 4 pétalas. Em torno dessa figura há 12 lunações.
Vemos que, enquanto o Labirinto tem na sua rosa central um simbolismo referente a Maria, mediadora, a Mãe, a Terra, na figura do centro da Rosácea há a presença de Cristo, o Filho, o Céu.
Por outro lado, Cristo envolto por 4 pétalas indica sua presença na materialidade própria desse número (4 pontos cardeais, 4 elementos, etc.), correlacionando-o ao Labirinto que está no solo e, portanto, à Mãe-Terra.
A imagem central da rosácea, rodeada por 12 lunações, implica no "4 material" das pétalas do centro multiplicado pelo "3 espiritual", ou seja implica em uma espiritualização da matéria.
O 12 do contorno menos o 4 de dentro resulta no 8, já citado como um símbolo agostiniano de completude.
Aliás, veja-se que a arquitetura de influência agostiniana trabalha com a forma octogonal.
O número 6 das pétalas do centro do labirinto multiplicado por 2  (a Terra-Mãe multiplicadora de vida)  resulta no 12 presente nos vários círculos da Rosácea. 

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