quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Meditação coletiva no Labirinto

Uma característica própria da Meditação Caminhando no Labirinto é a percepção, e até mesmo uma surpresa, de que ocorre "alguma coisa a mais" proveniente do fato de várias pessoas estarem caminhando ao mesmo tempo. 
Em um primeiro momento pensa-se que essa atividade é apenas e unicamente individual. Mas, principalmente quando há várias pessoas no labirinto concomitantemente, surge um "senso de coletividade", ou ainda uma percepção de "correlação" entre as diferentes pessoas, as diferentes energias, os diferentes corpos, de modo que emerge um resultado "coletivo" da caminhada, uma espécie de "meditação coletiva" não combinada com antecedência, improvisada, espontânea, não pensada, decorrente dessa presença coletiva dentro do desenho e dos limites do labirinto.
Assim, alguém que pensava buscar apenas energias de si mesmo dentro do labirinto, acaba descobrindo que recebe também energias e insight proveniente da energia coletiva ali presente. 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Vídeo sobre Meditação Caminhando no Labirinto

Segue abaixo endereço eletrônico de vídeo sobre "Meditação Caminhando no Labirinto" que faz parte dos Projetos de Humanização do Hospital São Paulo, hospital universitário da Unifesp.

O vídeo pode ser melhor visualizado por meio de Google Chrome ou Mozilla Firefox. 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Respostas da Meditação no Labirinto

Muitas vezes, quando alguém procura uma atividade meditativa, leva consigo alguma pergunta que considera muito importante e espera que tenha alguma resposta ao fazer essa atividade.
Isso algumas vezes pode acontecer e outras vezes não.
Quando a pessoa tem alguma resposta que ocorre lá no seu interior, ao fazer a Meditação Caminhando no Labirinto, costuma fazer dessa resposta a coisa principal que tenha acontecido com essa caminhada.
Mas a falta de resposta também pode ser um sinal indicativo de alguma outra coisa. 
A falta dessa resposta, que se expressa como palavras em um determinado pensamento, pode se dever a que outra parte da pessoa está precisando de atenção.
A pessoa que preocupa-se demais, pensa demais com pensamentos fugidios, pode estar precisando dar mais atenção ao seu corpo, ou ainda à sua própria relação com o seu meio, com o trajeto que faz na vida, com as pessoas ao seu redor.
A caminhada no Labirinto, juntamente com outras pessoas, pode chamar a atenção para o entrosamento com os outros.
Eventualmente, quando alguém tem a oportunidade de ficar sentada do lado de fora do Labirinto, observando os outros caminharem, pode também vir a ter algum insight, alguma percepção que não tinha tido ao fazer a caminhada.
Por vezes, após isso, essa pessoa quer caminhar novamente, ao perceber que tornou-se mais aberta ao que a atividade pode lhe transmitir.
Todas essas e mais outras são possibilidades de respostas... São respostas.
As respostas não são só verbais, não são só pensamentos e palavras. As respostas também podem ser corporais, ou percepções que podem ser expressas em palavras que não necessariamente correspondem à pergunta inicial, mas que inesperadamente podem revelar outras perguntas que existiam e que o caminhante não se tinha dado conta.
Assim, as respostas podem ser perguntas... 
E as perguntas podem ser novas descobertas sobre si mesmo... 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A capacidade de atenção e a caminhada no labirinto

A capacidade de atenção é uma das principais funções cognitivas, ou seja, uma das principais funções do sistema neuropsíquico relacionadas à correlação das pessoas com o mundo e consigo mesmo, bem como também as funções ligadas ao aprendizado, pois a palavra "cognitivas" tem sua origem na palavra grega "gnosco" relacionada ao "conhecimento", ou à capacidade de "conhecer", de "aprender", de "saber".
Quando a função de atenção está comprometida, torna-se difícil aprender coisas novas; torna-se difícil perceber o que acontece ao redor e o que acontece consigo mesmo. Sem a capacidade de atenção a pessoa vive mais no passado ou no futuro do que no presente. 
Filosoficamente alguém pode argumentar que o que chamamos de "presente" pode ser apenas um pedaço do tempo passado junto com um "suposto" pedaço do futuro que está sempre chegando.
Mas, de forma mais pragmática, o presente é formado por aquilo que está sendo vivenciado "no agora", os eventos que estão acontecendo "no agora" para cada um e de cada um.
É desse presente que estamos falando. A capacidade de atenção devidamente direcionada permite que se possa estar mais concentrado nas vivências do momento.
Diversos fatores podem colaborar para uma atenção adequada, entre fatores físicos e psíquicos.
A Meditação Caminhando no Labirinto pode ajudar a pessoa a "focar" melhor; a ter mais "foco" de atenção naquilo que for objetivado.
Ao entrar no campo do labirinto ocorre um processo de parcial desligamento do cotidiano para concentrar-se no trajeto a ser percorrido. A necessidade de focar no trajeto, para percorrê-lo corretamente, obriga a atenção a estar focada no "iminente inesperado" de cada passo. O dispor do corpo a uma estrutura que torna "impreciso" o momento de chegar ao centro do labirinto, dispõe a atenção a estar dirigida ao processo em andamento, em vez de ater-se a distrações. A música concomitante permite que uma "distração sonora parcial" paradoxalmente colabore para a concentração na atividade em andamento.  
Hoje em dia, com as muitas preocupações, com todo o stress cotidiano e as exigências da vida, a capacidade de atenção das pessoas está bastante dispersa. As pessoas queixam-se de ser difícil concentrar-se nos estudos, no trabalho, em leituras, etc.
A Caminhada no Labirinto pode ajudar a melhorar essa capacidade de concentração e atenção.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

arquitetura simbólica de Chartres e o Labirinto

John James é um arquiteto australiano que estudou bastante a arquitetura da Catedral de Chartres.
Ele entendeu que o Labirinto tem uma importante relação com o projeto da Catedral e com seus símbolos geométricos e numéricos.
Assim, ele considera que toda a catedral em seu plano horizontal tem uma disposição harmônica em três quadrados que se tocam pelos vértices.
Os símbolos numéricos pitagóricos e cristãos estão presentes no fato de se ter quadrados (número 4) que simboliza o mundo material (4 estações, 4 polos, etc), enquanto o número 3 simboliza o mundo espiritual. A combinação de 3 e de 4 pode ser entendida como dando a soma 7 ou o produto 12, ambos números que simbolizam níveis de totalidade ou quase totalidade em vários conjuntos.
Além disso, pode-se observar que a disposição das colunas em relação a esses quadrados agrupam-se em determinados números.
Da porta da catedral até o altar, os três quadrados podem indicar um caminho da matéria para o espírito.
O primeiro quadrado, mais próximo à porta, está disposto no local em que habitualmente são delimitados nas igrejas como sendo um nível profano da construção. 
O lugar do labirinto (representado como um círculo no desenho) fica no mesmo lugar da entrada da antiga igreja que havia antes da catedral atual. Assim ele delimita a passagem do espaço profano para o espaço sagrado. Dentro desse primeiro quadrado há duas colunas, uma de cada lado. O número 2 indica divisão, separação.
Ao lado do labirinto há 3 colunas de cada lado. O número 3, da espiritualidade indica a passagem para uma nova etapa. Sua presença 2 vezes pode indicar um espelhamento do espírito na matéria, ou mesmo no corpo.
A seguir, o quadrado maior contém 22 colunas, sendo 11 de cada lado. O próprio labirinto tem onze círculos conforme uma visão do Universo nessa época.
O 11 de um lado e de outro também pode simbolizar universo espiritual e universo material como um sendo o espelho do outro. 22 é o número de letras do alfabeto hebraico e também do número de caracteres do tarô em um determinado conjunto; assim é símbolo de linguagem, de comunicação, de estudo e entendimento dos símbolos. É uma instância intermediária onde o ser humano vale-se da linguagem, da palavra, do verbo, para entender o sagrado.
Antes de chegar-se ao quadrado final, tem-se, do lado de fora, sete colunas de um lado e sete colunas de outro. São dois conjuntos de 7 que indicam um passo antes de atingir o nível espiritual mais alto.
O número 7 também está presente nos 7 chacras e nos 7 níveis da constituição do ser humano conforme os hindus.
O último quadrado finalmente tem 8 colunas. Para Santo Agostinho o número 8 é "mais completo" ou mais sagrado do que o 7, pois o 8 indica "Ressurreição", pois Cristo ressuscitou no primeiro e oitavo dia da semana ao mesmo tempo, dando um sentido de fechamento e completude ao próprio tempo. A roda budista também tem 8 lados. O 8 indica, assim, em várias tradições, perfeição.
Os três quadrados também podem lembrar os 3 níveis de consciência de Platão, que considera haver uma mente instintiva, outra mente emocional e outra mente racional.
Diversas tradições dividem o caminho do progredir espiritual em 3 etapas.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Os pés e o Labirinto - Parte 2

A Mitologia Grega, que tem grande correlação com o Labirinto no famoso Labirinto do Minotauro, entre outras correlações, tem também a presença simbólica dos pés em várias situações.
O significado do nome "Édipo" é "pé inchado". Esse significado pode indicar alguma fragilidade em relação às raízes de Édipo, ou ainda em relação à sua sustentação. Em sua jornada mítica, em determinado momento Édipo se defronta com a temida Esfinge, conhecida pela famosa frase "Decifra-me ou te devoro". Assim, os indivíduos que por  ela quisessem passar deveriam solucionar o enigma que ela propusesse. Para Édipo ela propôs o seguinte enigma: "o que tem quatro pernas pela manhã, duas pernas ao meio-dia e três pernas à tarde?" Édipo respondeu: "O homem, pois quando bebê ele engatinha, depois anda com os dois pés e quando velho anda com a ajuda de uma bengala". Dessa forma, Édipo não foi destruído pela Esfinge. Observa-se nessa resposta que um momento de superação para Édipo dizia respeito aos pés. A primeira vista podemos apenas ver a sequência de 4, 2 e 3 pés como uma espécie de ascensão e decadência. Mas, numericamente, também pode se referir ao simbolismo de 4 como "matéria", 2 como "divisão" e 3 como "espírito", em sucessivas fases de amadurecimento do interior do ser humano. Tendo elaborado isto, Édipo teria entendido, de certa forma, o processo de "cura" de suas raízes.  
Outro mito grego relativo aos pés é Aquiles. Desejosa de que seu filho fosse invencível, a mãe de Aquiles mergulhou o corpo do menino no rio Estige; mas, tendo segurado Aquiles pelo calcanhar, este tornou-se a parte vulnerável do corpo, na qual posteriormente ele foi ferido em batalha e morreu.
Essa fragilidade de Aquiles lembra-nos também o simbolismo do "gigante de pés de barro": apesar de sua tremenda força, sua fragilidade em suas raízes é sua ruína.
Tanto o mito de Édipo como o mito de Aquiles apontam para o valor simbólico dos pés no processo de  amadurecimento interior. O processo de uso dos pés na jornada do Labirinto pode remeter à recuperação e cura das raízes interiores do caminhante. 

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Os pés e o Labirinto – Parte 1


O corpo entra em contato físico com o Labirinto por meio dos pés. A rigor, os pés entram em contato com o chão, diretamente, ou indiretamente se o Labirinto estiver desenhado sobre um tecido.
Mas, esse trecho de solo foi delimitado por um desenho que orienta os passos no trajeto simbólico do Labirinto.
Em várias tradições, os pés têm todo um simbolismo que se harmoniza com a caminhada no Labirinto em sua jornada ao interior do ser humano.
Na tradição judaico-cristã, os pés são referidos por diversas vezes. Aqui citamos apenas algumas.  
No Gênesis há uma oposição entre a mulher e a serpente através do pé, de modo que a serpente tentaria morder o calcanhar e, por outro lado, seria pisada pela mulher.
Moisés, no Monte Sinai, ao aproximar-se da Sarça Ardente, recebeu a ordem de descalçar suas sandálias por estar pisando em solo sagrado.
No Novo Testamento, os apóstolos são orientados por Cristo a sacudirem o pó dos seus pés em cidades em que fossem mal recebidos.
Cristo lavou os pés de seus discípulos na última ceia; Pedro pediu para lavar também as mãos e a cabeça, mas Cristo disse que apenas os pés teriam que ser lavados.
Nesses poucos exemplos o pé pode indicar “raiz”, “raiz espiritual”; aquela parte do ser humano através da qual feridas que vêm da terra levam à divisão do ser humano em relação a suas raízes, suas origens. Assim, lavar os pés, descalçar-se no solo sagrado, são atos que recuperam a conexão com as raízes.
Antes da entrada no Labirinto, as pessoas se descalçam para deixar de fora a parte de “correria”, de “divisão”, do dia a dia, para recuperar as conexões com suas raízes no trajeto de geometria sagrada. 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

O Labirinto e o corpo cultural

O corpo humano engloba as diversas dimensões da pessoa: a biológica, a psíquica, a social, a cultural e a espiritual. De certa forma, a dimensão espiritual participa do corpo em sua dimensão cultural.
O nosso entendimento do corpo é fortemente marcado pelo modo como a nossa época configura o corpo. Aspectos como moda, a visão moderna de saúde, a construção de um corpo a ser aceito pela sociedade, e assim por diante, determinam a maneira de se configurar o significado do corpo em nossa mente.
A dimensão cultural do corpo implica em uma transversalidade coletiva do corpo, ou seja, embora pareça, em um primeiro momento, que o corpo seja algo exclusivamente individual, na verdade ele "incorpora" influências da coletividade, da cultura das tradições dos povos, em concomitância com a influências contemporâneas.
A atividade de caminhar no Labirinto construído com base no Labirinto da Catedral Chartres remete a dimensões do corpo cultural que revivem aspectos que vão além do modelo modernamente construído de corpo e permite percepções de tradições e memórias de um corpo histórico que remonta a um passado remoto, e, assim, a um modelo de corpo que escapa a pressões de modismo. Essa é uma das formas de entender as novas impressões do corpo que várias pessoas têm ao fazer a meditação caminhando no labirinto, de modo que ocorrem novas descobertas sobre si mesmo e novas valorizações do seu próprio corpo, levando a outros patamares de bem estar ou de saúde.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

O Labirinto e o Corpo - parte 2

Sendo a Meditação Caminhando no Labirinto uma atividade com o "corpo em movimento", há movimentos dentro do Labirinto que "recompõem o corpo". 
Assim, cada vez que o trajeto obriga a um movimento de 180 graus, o corpo é obrigado a se recompor no espaço exterior e interior.
Em cada local de volta de 180 graus há uma imagem correspondente a um machado de dois gumes semelhante ao machado de Prometeu, com o qual ele teria tirado Palas Atena da cabeça de Zeus. Esse machado de ruptura também é o machado da ousadia com a qual Prometeu roubou o fogo dos deuses para dar aos seres humanos e torná-los semelhantes aos deuses, ou seja, livres e criativos.
Essa tarefa não foi fácil e nem sem dificuldades e consequências.
Assim também as mudanças de 180 graus requerem ousadia, coragem, mas permanecendo-se dentro do caminho traçado pelo Labirinto.
O exercício dessas voltas recondiciona o corpo a encontrar novas correlações de entendimento do próprio corpo em relação ao trajeto de vida do caminhante, pois a pessoa quando muda, muda no seu todo, mente e corpo, uns mais outros menos... Mas, no Labirinto essas mudanças são processos em profundidade de autoconhecimento e de maior paz interior.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O Labirinto e o Corpo

O Labirinto, por suas características, tem relações peculiares com o corpo. Um aspecto diz respeito ao fato de que a "Meditação Caminhando" é uma meditação com o corpo em movimento que se dispõe ao trajeto e suas dobras. 
Outra forma de entender a relação entre o corpo e o Labirinto é vendo este como uma representação do próprio corpo. O Labirinto é um símbolo cósmico, simboliza o Universo, o Macrocosmo. O corpo é um Microcosmo que retrata o Macrocosmo. Assim, o corpo como um todo está no próprio desenho do Labirinto.
Mas, no Labirinto as partes do corpo não estão divididas como na visão moderna influenciada pela Ciência nos condiciona a considerar. A disposição das partes do corpo segue o padrão do Labirinto para situar suas partes. A Rosa Central corresponde ao cérebro ou encéfalo. Os membros correspondem às dobras de 180 graus. O tronco e seus órgãos correspondem às partes contínuas dos trajetos. 
Ainda outra forma de correlação entre o corpo e o Labirinto diz respeito aos sintomas somáticos que acompanham ou ainda sucedem à caminhada no Labirinto. Desse modo, há os mais variados relatos de percepções ou observações sensíveis ou mesmo visíveis no corpo, na própria pele, nem sempre de modo imediato, mas às vezes dias depois. Em várias situações, algumas peculiaridades fazem supor que talvez não tenham sido apenas uma coincidência. De modo geral, esses sintomas costumam sinalizar processos psíquicos ou físicos pelos quais a pessoa está passando, e parece que, de alguma forma, esse tipo de somatização ajuda no desdobramento do processo em andamento.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Criatividade e o Labirinto

A Caminhada no Labirinto pode permitir que o nosso lado racional possa alcançar novos "insights", ou ainda o lado emocional tenha novas percepções, ou ainda o lado intuitivo possa despertar novos impulsos de criatividade.
Quando alguém inicia a Meditação Caminhando no Labirinto pode dispor, de maneira variada (nem sempre se está aberto ao labirinto) as diversas dimensões do seu próprio ser ao efeito inovador do labirinto. Por vezes o efeito mais acentuado é inesperado, outras vezes ele responde a certa expectativa. 
Seja de uma forma ou de outra, os relatos dos caminhantes são enriquecedores. Entre os tais há os que se referem mais especificamente à criatividade. Há pessoas que referem ter passado a criar mais dentro da atividade artística que já fazem, Há outras que passam a descobrir novas possibilidades de criatividade que não conheciam muito bem a respeito de si mesmo. E há as pessoas que referem nova criatividade dentro de sua própria atividade profissional, seja lá qual for, de natureza artística ou não artística. 
Assim o labirinto pode colaborar para a criatividade de artistas, o que talvez possa ser mais esperado, já que o próprio labirinto é uma obra de arte e uma linguagem de arte, mas também pode despertar a criatividade de quaisquer outros profissionais em seu próprio campo de trabalho.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A Espiral e a Meditação Caminhando no Labirinto

A estudiosa sobre o labirinto, Lauren Artress, registrou em seu livro "Walking a Sacred Path - Rediscovering the Labyrinth as a Spiritual Tool" as palavras de Jill Purce em "The Mystic Spiral". Artress fez essa citação para ilustrar a jornada espiritual. 
Relata então que há dois caminhos para o Divino, ambos esses caminhos espirais. Um corresponde a um processo "para dentro", de regeneração e integração, que pode ser atingido com a ajuda de uma mandala e é uma concentração "no centro e através do centro". O outro caminho corresponde a uma peregrinação "para fora". Este processo corresponde às jornadas mitológicas dos heróis Parsifal, Gilgamesh ou Jasão. A unidade essencial dos dois caminhos poderia ser ilustrada pela jornada espiral para dentro do Peregrino Bunyan para a Cidade Celestial, ou a subida de Dante ao Monte Purgatório, ou a jornada de Sudama à Cidade Dourada de Krishna. 
A Meditação Caminhando no Labirinto incorpora esses dois processos espirais de ir e vir, seja lá qual for a crença, ou mesmo a descrença de cada pessoa. O trabalho de movimento corporal do caminhante nessa espiral pode propiciar a cada um seu próprio caminho.  

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A estrela invisível do Labirinto de Chartres

Conforme Lauren Artress informa em seu livro sobre o Labirinto intitulado "Walking a Sacred Path", há uma estrela invisível de 13 pontas no Labirinto de Chartres, como podemos ver na imagem acima que consta desse mesmo livro. A autora assinala que encontrou esse desenho com a ajuda do estudioso Richard Feather Anderson, na procura de conseguirem reproduzir corretamente o Centro do Labirinto com suas pétalas na proporção correta, de acordo com o Labirinto de Chartres. 
Artress acredita que os labirintos construídos a partir da estrela de 13 pontos, de alguma forma permitem experiências mais integrativas e com mais energia do que os que não seguem esse padrão. 
A autora lembra que o número 13 é um número primo, e pode ter sido usado nas proporções da construção de Chartres. Além disso lembra que o número 13 pode ser um símbolo de Cristo quando junto aos 12 apóstolos. Também corresponde ao número de 13 luas no transcorrer de um ano solar. Também o caminhante do Labirinto volta-se para o centro do Labirinto por 13 vezes. 
Assim, as linhas dessa estrela, ao mesmo tempo em que permitem desenhar as pétalas do centro, atravessam o Labirinto de lunação a lunação, ou seja incluem a distância que diz respeito às saliências das lunações do contorno do Labirinto. Nota-se também a estrela de 13 pontas menor no centro e a outra no Labirinto todo: o Microcosmo no Macrocosmo.