terça-feira, 8 de outubro de 2013

Geometria Sagrada da Catedral de Chartres e a Música


Neste diagrama do engenheiro Alfonso Rubino podemos ver a representação proporcional das notas musicais do lado direito, na metade superior de um quadrado que contém diversas medidas simbólicas e harmônicas entre si.
Há um triângulo equilátero inscrito nesse quadrado, cuja base é igual à base do quadrado. Uma linha vertical divide esse triângulo em dois triângulos retângulos iguais, de modo que cada um deles corresponde ao triângulo sagrado de Platão, por suas proporções.
No triângulo retângulo do lado esquerdo Alfonso Rubino dispôs algumas diagonais que correspondem a intervalos musicais específicos. Esses intervalos são medidos em distâncias entre a base e a hipotenusa. A partir de diagonais proporcionais às notas musicais, observa-se que algumas delas recortam a pilastra em determinados pontos que ficam exatamente em subdivisões verticais. Conforme o estudioso francês Louis Charpentier, as diagonais representadas neste desenho correspondem: a mais baixa a um intervalo de terça, a seguinte acima a um intervalo de quinta e a terceira a um intervalo de sétima. Ainda conforme Charpentier, esses intervalos equivalem à harmonia do canto gregoriano, onde o primeiro modo parte da nota ré, de modo que tem-se então ré-fa-lá. A diagonal seguinte é o próprio lado do triângulo, o que seria um intervalo de oitava em relação à base.

Há ainda mais uma diagonal acima que está fora do triângulo, mas que toca a ponta de um pentágono que pode ser inscrito na circunferência que contorna a ogiva. O pentágono representa o ser humano, conforme podemos ver, por exemplo no homem de Vitruvius representado por Leonardo da Vinci. A partir da lateral do triângulo, essa linha que toca o pentágono corresponde a um intervalo musical de quarta, ou seja, o número quatro, que representa o número místico do ser humano, ou ainda a matéria, o mundo, o corpo. Conforme Charpentier, as medidas dessas diversas linhas podem ser traduzidas em números simbolicamente sagrados ou místicos, a partir de certas medidas básicas da construção da catedral. 

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