A palavra “meditação” em português e nas línguas ocidentais
existe há séculos com vários sentidos como, por exemplo, reflexão profunda, ou
oração mental, entre outros similares. Santos cristãos praticavam várias formas
de meditação que oscilavam entre os dois sentidos referidos acima. O filósofo René
Descartes escreveu obra intitulada “Meditações sobre Filosofia Primeira”. O
compositor Massenet escreveu o trecho musical chamado “Meditação” que faz parte
da ópera Thais. Quando as formas orientais de Meditação passaram a ser
conhecidas no Ocidente, tiveram seu nome traduzido para “meditação”, porque
deve ser a palavra que mais se aproximava daquela atividade, no entanto, em
suas línguas originais, “meditação” tem outros nomes. Assim, nas línguas
ocidentais, ao falar-se em meditação pode-se estar querendo usar o sentido dado
às formas orientais de meditação, ou os sentidos ocidentais dessa palavra.
Desse modo, a Meditação Caminhando no Labirinto pode ser um meio de rememorar
que o Ocidente faz uso dessa referência há séculos e, assim também, pode ajudar
a recuperar uma forma ocidental de interiorização que tem sido desprezada nos
tempos atuais, em que se dá pouco valor à subjetividade. Essa pode ser uma
forma ocidental de meditar, usando uma forte e profunda imagem arquetípica
ocidental que é o Labirinto e em especial o Labirinto de Chartres e suas
variações.
Há quem possa considerar que, como a Caminhada no Labirinto
faz uso de música, ou eventualmente de incenso, o efeito da Caminhada se deva
mais a esses fatores. Essa pode ser uma pergunta interessante para ser feita a
alguém especializado em Musicoterapia. Mas, de qualquer modo, sabemos que as
pessoas, de modo geral, podem ser beneficiar de coisas que provoquem sensações
de bem estar que não necessariamente precisam estar devidamente catalogadas
como “tratamentos oficiais”. As pessoas não precisam pensar nisso ao decidirem
ouvir música que faça relaxar e pensar em coisas boas. A Meditação Caminhando
no Labirinto faz uso de todos esses estímulos, que se harmonizam. Há pessoas
que fazem o trajeto do labirinto dançando. Outros fazem pausas estimuladas pela
música. Isso pode ser bastante positivo para quem harmonize a caminhada com a
música. Tudo isso concorre para uma jornada interior que abre janelas e portas
do inconsciente para benefício do indivíduo que caminha.
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