terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Os Labirintos Lendários da Antiguidade Clássica

No livro "Chartres – le labyrinthe déchiffré", de John e Odette Ketley-Laporte, o primeiro capítulo trata dos labirintos lendários da Antiguidade Clássica.
Os autores referem que indiscutivelmente o homem pré-histórico utilizava cavernas como habitação. Além disso, também parece certo que reservava outras para uso que não tinha relação com as necessidades imediatas. Assim, aquelas usadas para ritos funerários podem ter conduzido a outras práticas e cerimoniais de certo caráter secreto. Por sua vez, as cavernas interconectadas podiam oferecer vantagens de proteção, bem como de materializar noções de progressão e interconexão. Nesse sentido, os lugares sagrados das diversas civilizações compreendem espaços artificiais interligados. Então, uma primeira versão artificial das cavernas pode ter sido o primeiro labirinto que se tem notícia, conforme Heródoto. O faraó Amenemés III (1860-1815 a. C.), da XII dinastia, fez construir em Haouara, na depressão de Fayoum, perto do lago Moeris (atual Birket-Karoun), um palácio monumental de três mil salas e corredores em vários níveis. Alguns autores da antiguidade fizeram a suposição de que esse palácio teria inspirado o arquiteto ateniense Dédalo para construir o Labirinto de Creta, a pedido do rei Minos, para servir de prisão ao Minotauro.

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