quinta-feira, 11 de abril de 2013

O Medo do Labirinto


Devido ao labirinto carregar sentidos de “caminho desconhecido”, “caminho tortuoso”, “lugar onde a gente se perde”, é comum que se tenha medo de labirintos.
Eventualmente até se diz que só se entra no labirinto se se souber como fazer para sair dele.
Essas impressões são certamente válidas pois é natural ao ser humano procurar proteger-se do que é desconhecido, já que essa coisa desconhecida pode ser ameaçadora à saúde, à integridade, ao bem estar, etc..
O labirinto também pode ser símbolo de algumas coisas desconhecidas, como, por exemplo, o próprio inconsciente do ser humano. Jung dizia que um dos símbolos do inconsciente é o mar, que é imenso, temido, perigoso, mas também atraente, e assim por diante.
As pessoas podem fazer uso de várias “ferramentas” para fazer uma jornada ao seu próprio inconsciente. Uma das formas de empreender essa jornada é por meio da Meditação Caminhando no Labirinto.
De um modo geral, mesmo que alguns inicialmente tenham um certo temor, as pessoas se surpreendem com a Meditação Caminhando no Labirinto. Aacabam descobrindo uma forma diferente, segura, “estimulante e relaxante” de fazer essa jornada, que sempre pode ser aprimorada.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Reduzir stress no labirinto

A ideia de um labirinto muitas vezes faz pensar em alguma coisa complicada, difícil de percorrer, ou que acaba deixando as pessoas perdidas. Assim, a ideia de labirinto pode gerar um certo medo de um caminho desconhecido, que possa levar a gente a ficar desnorteada. 
Nesse sentido, a Meditação Caminhando no Labirinto pode acabar surpreendendo a quem tenha receio de que aconteça alguma coisa parecida com o que foi acima referido. 
Embora a ideia de um labirinto possa gerar certo temor, o labirinto especificamente usado para a Meditação Caminhando acaba conduzindo, frequentemente, a uma sensação de paz, ou ainda a uma impressão de alguma descoberta que pode ser aprofundada e trabalhada. 
O caminho do labirinto passa a ser então uma nova abertura, um novo trajeto a ser percorrido na vida, um novo começo, com significados específicos para cada caminhante. 
Desse modo, em geral, acaba-se percebendo que o labirinto diminui o estresse que acompanha a correria cotidiana da vida contemporânea. 

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Meditação coletiva no Labirinto

Uma característica própria da Meditação Caminhando no Labirinto é a percepção, e até mesmo uma surpresa, de que ocorre "alguma coisa a mais" proveniente do fato de várias pessoas estarem caminhando ao mesmo tempo. 
Em um primeiro momento pensa-se que essa atividade é apenas e unicamente individual. Mas, principalmente quando há várias pessoas no labirinto concomitantemente, surge um "senso de coletividade", ou ainda uma percepção de "correlação" entre as diferentes pessoas, as diferentes energias, os diferentes corpos, de modo que emerge um resultado "coletivo" da caminhada, uma espécie de "meditação coletiva" não combinada com antecedência, improvisada, espontânea, não pensada, decorrente dessa presença coletiva dentro do desenho e dos limites do labirinto.
Assim, alguém que pensava buscar apenas energias de si mesmo dentro do labirinto, acaba descobrindo que recebe também energias e insight proveniente da energia coletiva ali presente. 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Vídeo sobre Meditação Caminhando no Labirinto

Segue abaixo endereço eletrônico de vídeo sobre "Meditação Caminhando no Labirinto" que faz parte dos Projetos de Humanização do Hospital São Paulo, hospital universitário da Unifesp.

O vídeo pode ser melhor visualizado por meio de Google Chrome ou Mozilla Firefox. 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Respostas da Meditação no Labirinto

Muitas vezes, quando alguém procura uma atividade meditativa, leva consigo alguma pergunta que considera muito importante e espera que tenha alguma resposta ao fazer essa atividade.
Isso algumas vezes pode acontecer e outras vezes não.
Quando a pessoa tem alguma resposta que ocorre lá no seu interior, ao fazer a Meditação Caminhando no Labirinto, costuma fazer dessa resposta a coisa principal que tenha acontecido com essa caminhada.
Mas a falta de resposta também pode ser um sinal indicativo de alguma outra coisa. 
A falta dessa resposta, que se expressa como palavras em um determinado pensamento, pode se dever a que outra parte da pessoa está precisando de atenção.
A pessoa que preocupa-se demais, pensa demais com pensamentos fugidios, pode estar precisando dar mais atenção ao seu corpo, ou ainda à sua própria relação com o seu meio, com o trajeto que faz na vida, com as pessoas ao seu redor.
A caminhada no Labirinto, juntamente com outras pessoas, pode chamar a atenção para o entrosamento com os outros.
Eventualmente, quando alguém tem a oportunidade de ficar sentada do lado de fora do Labirinto, observando os outros caminharem, pode também vir a ter algum insight, alguma percepção que não tinha tido ao fazer a caminhada.
Por vezes, após isso, essa pessoa quer caminhar novamente, ao perceber que tornou-se mais aberta ao que a atividade pode lhe transmitir.
Todas essas e mais outras são possibilidades de respostas... São respostas.
As respostas não são só verbais, não são só pensamentos e palavras. As respostas também podem ser corporais, ou percepções que podem ser expressas em palavras que não necessariamente correspondem à pergunta inicial, mas que inesperadamente podem revelar outras perguntas que existiam e que o caminhante não se tinha dado conta.
Assim, as respostas podem ser perguntas... 
E as perguntas podem ser novas descobertas sobre si mesmo... 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A capacidade de atenção e a caminhada no labirinto

A capacidade de atenção é uma das principais funções cognitivas, ou seja, uma das principais funções do sistema neuropsíquico relacionadas à correlação das pessoas com o mundo e consigo mesmo, bem como também as funções ligadas ao aprendizado, pois a palavra "cognitivas" tem sua origem na palavra grega "gnosco" relacionada ao "conhecimento", ou à capacidade de "conhecer", de "aprender", de "saber".
Quando a função de atenção está comprometida, torna-se difícil aprender coisas novas; torna-se difícil perceber o que acontece ao redor e o que acontece consigo mesmo. Sem a capacidade de atenção a pessoa vive mais no passado ou no futuro do que no presente. 
Filosoficamente alguém pode argumentar que o que chamamos de "presente" pode ser apenas um pedaço do tempo passado junto com um "suposto" pedaço do futuro que está sempre chegando.
Mas, de forma mais pragmática, o presente é formado por aquilo que está sendo vivenciado "no agora", os eventos que estão acontecendo "no agora" para cada um e de cada um.
É desse presente que estamos falando. A capacidade de atenção devidamente direcionada permite que se possa estar mais concentrado nas vivências do momento.
Diversos fatores podem colaborar para uma atenção adequada, entre fatores físicos e psíquicos.
A Meditação Caminhando no Labirinto pode ajudar a pessoa a "focar" melhor; a ter mais "foco" de atenção naquilo que for objetivado.
Ao entrar no campo do labirinto ocorre um processo de parcial desligamento do cotidiano para concentrar-se no trajeto a ser percorrido. A necessidade de focar no trajeto, para percorrê-lo corretamente, obriga a atenção a estar focada no "iminente inesperado" de cada passo. O dispor do corpo a uma estrutura que torna "impreciso" o momento de chegar ao centro do labirinto, dispõe a atenção a estar dirigida ao processo em andamento, em vez de ater-se a distrações. A música concomitante permite que uma "distração sonora parcial" paradoxalmente colabore para a concentração na atividade em andamento.  
Hoje em dia, com as muitas preocupações, com todo o stress cotidiano e as exigências da vida, a capacidade de atenção das pessoas está bastante dispersa. As pessoas queixam-se de ser difícil concentrar-se nos estudos, no trabalho, em leituras, etc.
A Caminhada no Labirinto pode ajudar a melhorar essa capacidade de concentração e atenção.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

arquitetura simbólica de Chartres e o Labirinto

John James é um arquiteto australiano que estudou bastante a arquitetura da Catedral de Chartres.
Ele entendeu que o Labirinto tem uma importante relação com o projeto da Catedral e com seus símbolos geométricos e numéricos.
Assim, ele considera que toda a catedral em seu plano horizontal tem uma disposição harmônica em três quadrados que se tocam pelos vértices.
Os símbolos numéricos pitagóricos e cristãos estão presentes no fato de se ter quadrados (número 4) que simboliza o mundo material (4 estações, 4 polos, etc), enquanto o número 3 simboliza o mundo espiritual. A combinação de 3 e de 4 pode ser entendida como dando a soma 7 ou o produto 12, ambos números que simbolizam níveis de totalidade ou quase totalidade em vários conjuntos.
Além disso, pode-se observar que a disposição das colunas em relação a esses quadrados agrupam-se em determinados números.
Da porta da catedral até o altar, os três quadrados podem indicar um caminho da matéria para o espírito.
O primeiro quadrado, mais próximo à porta, está disposto no local em que habitualmente são delimitados nas igrejas como sendo um nível profano da construção. 
O lugar do labirinto (representado como um círculo no desenho) fica no mesmo lugar da entrada da antiga igreja que havia antes da catedral atual. Assim ele delimita a passagem do espaço profano para o espaço sagrado. Dentro desse primeiro quadrado há duas colunas, uma de cada lado. O número 2 indica divisão, separação.
Ao lado do labirinto há 3 colunas de cada lado. O número 3, da espiritualidade indica a passagem para uma nova etapa. Sua presença 2 vezes pode indicar um espelhamento do espírito na matéria, ou mesmo no corpo.
A seguir, o quadrado maior contém 22 colunas, sendo 11 de cada lado. O próprio labirinto tem onze círculos conforme uma visão do Universo nessa época.
O 11 de um lado e de outro também pode simbolizar universo espiritual e universo material como um sendo o espelho do outro. 22 é o número de letras do alfabeto hebraico e também do número de caracteres do tarô em um determinado conjunto; assim é símbolo de linguagem, de comunicação, de estudo e entendimento dos símbolos. É uma instância intermediária onde o ser humano vale-se da linguagem, da palavra, do verbo, para entender o sagrado.
Antes de chegar-se ao quadrado final, tem-se, do lado de fora, sete colunas de um lado e sete colunas de outro. São dois conjuntos de 7 que indicam um passo antes de atingir o nível espiritual mais alto.
O número 7 também está presente nos 7 chacras e nos 7 níveis da constituição do ser humano conforme os hindus.
O último quadrado finalmente tem 8 colunas. Para Santo Agostinho o número 8 é "mais completo" ou mais sagrado do que o 7, pois o 8 indica "Ressurreição", pois Cristo ressuscitou no primeiro e oitavo dia da semana ao mesmo tempo, dando um sentido de fechamento e completude ao próprio tempo. A roda budista também tem 8 lados. O 8 indica, assim, em várias tradições, perfeição.
Os três quadrados também podem lembrar os 3 níveis de consciência de Platão, que considera haver uma mente instintiva, outra mente emocional e outra mente racional.
Diversas tradições dividem o caminho do progredir espiritual em 3 etapas.