terça-feira, 26 de novembro de 2013

Caminhar no Labirinto: construir um caminho.

O Labirinto onde se faz a "Meditação Caminhando" é, aparentemente, sempre o mesmo... 
O mesmo desenho, o mesmo trajeto... Portanto, parece tratar-se de uma mera repetição, ou ainda de sempre seguir um mesmo roteiro.
No entanto, o Labirinto, aparentemente fixo, tem uma "plasticidade" que se adapta a cada pessoa e em cada momento.
Há quem compare a imagem de tortuosidades do Labirinto à superfície do cérebro com suas convoluções. Essa comparação é apropriada à ideia de plasticidade, pois a "neuroplasticidade" é uma das principais características do sistema nervoso, no que diz respeito à sua capacidade de restauração e recuperação de funções. O cérebro não é fixo e acabado; o sistema nervoso pode adaptar-se a novas situações de forma notável. 
Quando alguém vai iniciar a caminhada no Labirinto, em um primeiro momento pensa ter diante de si um caminho já pronto, mas desconhecido, a ser desvendado. Mas, na verdade, é muito mais do que isso. A cada passo que é dado, um novo caminho é construído. Passo após passo, desenha-se um caminho novo, percorrido exteriormente e interiormente. Construir um novo caminho é possível a cada um que percorre o mesmo Labirinto. Todos são seres humanos, mas cada pessoa tem sua singularidade que se expressa na caminhada do Labirinto, mais interiormente do que exteriormente. Esse exercício reflete-se nas diversas dimensões do ser: corporal, mental, espiritual. 
Esse construir do caminho pode traduzir-se em um aprendizado sobre si mesmo, dependendo da disponibilidade de cada pessoa ao processo de percepção que resulta da "meditação caminhando". 

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