quarta-feira, 9 de março de 2011

formas de meditar - parte 2

Embora se diga que não há uma forma única exata de vivenciar a atividade do labirinto, há indicações e sugestões que provêm da experiência, da lógica do formato geométrico em questão, além da tradição meditativa ocidental. Assim, as três etapas mais simples que podem configurar essa atividade são: a ida ao centro; estar no centro; voltar do centro à saída.
Alguém poderia dizer que, se o objetivo é chegar ao centro para aí relaxar, refletir, meditar, não haveria necessidade de fazer-se as caminhadas de ida e de volta.
Ocorre que o objetivo não apenas estar no centro, mas passar pela trajetória tortuosa desenhada no labirinto.
É importante que se diga que esse padrão de labirinto tem apenas um caminho a ser percorrido, sem haver armadilhas, fundos falsos, ou caminhos alternativos, como é o caso de labirintos encontrados em jornais, revistas ou jogos distrativos. Em português usa-se a mesma palavra - labirinto - para os dois tipos de desenho. Em inglês usa-se a palavra maze para o labirinto com várias entradas e saídas e a palavra labyrinth para o desenho correspondente ao nosso estudo.
Assim, a estada no centro do labirinto é algo que se aproxima da ideia mais habitual que se tem da meditação. Já o exercício de caminhar implica em deixar-se conduzir pela incerteza do sentido dos próximos passos. Mesmo sendo apenas um só caminho, os desvios, contornos, curvas e retas requisitam um tipo de atenção que tende a "desconcentrar" a pessoa de suas preocupações cotidianas e passe a focar no desenho de seus próprios passos. Esse é um dos mecanismos atuantes na meditação caminhando.

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