sábado, 26 de março de 2011

Labirinto - linguagens e origens

A linguagem verbal é fundamental para o ser humano em suas comunicações, e no entendimento do mundo e de si mesmo. A linguagem numérica é também muito importante embora menos aparente. Evidentemente pode-se pensar no papel da matemática em grandes eventos como, por exemplo, a viagem do homem à lua.
Mas para atingir tal complexidade, o trabalho dos seres humanos com números começou na pré-história, ao ter que lidar com coisas do dia a dia. Os dedos da mão podem ter servido como primeira ferramenta para a contagem de objetos semelhantes, ou ocorrências que se repetiam. Dois fatores importantes para o ser humano adquirir conhecimento são a capacidade de fazer comparações e a memória dessas mesmas comparações. O registro desse aprendizado passou pela verbalização e também pela contagem numérica. 
Assim, os números entraram na memória simbólica da humanidade ligados aos mais variados fatores da vida. 
No Período da Pré-História denominado Paleolítico os seres humanos viviam da caça e da coleta de produtos da natureza. Usavam as cavernas para vivenciar seus rituais e deixaram desenhos dos mesmos.
Supõe-se que os primeiros labirintos talvez tenham sido essas cavernas.
O Período Neolítico, iniciado há doze mil anos, corresponde ao estabelecimento dos humanos em local fixo, na medida em que aprenderam o cultivo de plantas e a criação de animais. Dessa forma, passou-se a contar os eventos da natureza em suas sucessões. Os pastores que guardavam seus rebanhos à noite perceberam correlações da disposição dos astros com os acontecimentos cotidianos. A necessidade de também estocar alimentos, de construir habitações, promoveu um aprimoramento do uso dos números.
A memória desses diversos fatores passou para a dimensão ritualística, na expectativa de proteção das forças da natureza. Nessa dimensão ritualística, palavras e números importantes para o entendimento entre seres humanos e entidades divinizadas passaram a ser considerados sagrados e foram usados em construções religiosas, bem como em desenhos e outras atividades dessa ordem.
Assim, os labirintos mais antigos já continham essa linguagem sagrada, uma geometria sagrada.

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