terça-feira, 13 de setembro de 2011

Etapas da Meditação Caminhando no Labirinto - Parte 3

Já mencionamos que uma primeira etapa da Meditação Caminhando no Labirinto corresponde ao relaxamento. A segunda etapa diz respeito a um estágio intermediário entre "corpo e mente". 
Alguém poderia argumentar que estamos propondo uma separação entre corpo e mente ao formularmos essa etapa. Na verdade o principal fator que conduz a esta  reflexão é o "foco de atenção" do caminhante e não implica necessariamente em uma separação entre corpo e mente.
Estamos falando aqui de vivência, de experiência. 
O ser humano tem a experiência de uma "vida interior", de uma "vida mental", de uma "vivência introspectiva" que nem sempre tem um equivalente "corporal". Todo ser humano que lê esta afirmação sabe bem do que se trata aqui. Por outro lado, a experiência "sentida na pele", "nos ossos", "visceral", tem também uma determinada peculiaridade que permite ao ser humano diferenciá-la da experiência introspectiva propriamente dita.
Evidentemente há correlações entre essas instâncias e esse é um assunto milenarmente explorado pela Filosofia. 
Tratamos aqui da vivência do dia a dia e de formas comuns do ser humano observar a si mesmo, embora nem sempre tenha uma atenção consciente muito acentuada sobre esses aspectos.
Assim, o Labirinto pode ser uma ferramenta para trazer determinados elementos para o "foco de atenção".
Desse modo, de um foco no relaxamento, pode-se passar ao foco no que chamamos de "estágio intermediário corpo-mente". 
Uma terceira etapa diria respeito a um foco centrado mais ainda no interior, frequentemente carregado pela "memória". 
Ao adentrar no centro do Labirinto e parar de caminhar, é comum a percepção de algum aspecto esquecido na memória, que costuma ser benéfico, ou mesmo percepções consideradas como sendo de natureza espiritual que são fruto de um "foco interiorizado". Algumas vezes esse "foco interiorizado" é visto pelo caminhante como uma descoberta. Outras vezes a atenção se volta para o "evento interior" em si, com detalhamentos explicativos racionais ou emocionais desse "evento".
Assim, a assim chamada "iluminação" que ocorre no interior da rosácea central diz respeito a a uma luz jogada em sombras interiores que podem energizar a pessoa.

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